sábado, 3 de março de 2007

Nosso Caos

foi por acaso nosso caso
aconteceu sem querer, sem poder
olhei dentro dos seus olhos
uma armadilha entre vinhos
me vi em você
foi uma profecia ardente
te falei da
mandala e mandelas
mesmo assim pura
madalena sem panos
sem planos, tão aberta
tão assim
meia assim
inteira sim
entra tão fundo em mim
é gostoso nosso prazer
fazendo ar de to nem aí
dou bandeira
fazendo amor por um fio
do nossos celulares
me molho e te deixo teso
me faço isca
viro bicho no cio
sussurro no escuro: vem
e você, dá bobeira
se perde no mapa
voa no mundo,voa o tempo todo
e não te vejo, não te pego,não te leio
sem asas,quero voltar a ser água
parece que perco a graça
parece que me perco em você
na sua boca,na sua língua proibida
que fala alemão com uma judia
e nos etendemos tão bem
ouso, mas fantasmas me dão medo
de te querer,não te ver, não te ter
de me apaixonar por você...




Francinne Amarante
Livro “Constância!”
Brasília-DF

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