
O progresso regredia
A ordem não se via
A fome que crescia
A educação da covardia
O menino se perdia
A lama resistia
O socorro que não tinha
A mãe que enlouquecia
O filho não mais vivia
A dor alheia ninguém sentia
O grito surdo se fazia
O sangue- vinho da periferia
A promessa era esquecida
O cidadão se escondia
O pobre se fodia
O medo, pesadelo da maioria
Francinne Amarante
foto: Thru the fingers by Piotr Kowalik