quarta-feira, 2 de abril de 2008

Navegante

Não sei para quem escrevo

Não decoro meus poemas, apenas dôo cores

Não os leio, não os recito, porque os vivo



É fato (por mais que negue, e nego!), que alguns escritos

Ainda existam e resistam em forma de inspiração (resPiração?)

Personagens do meu livro mais cruel, aquele que ainda não foi dito



Deixo a quem ousar ser alma, aos poemas dar voz, vida

As palavras são livres, puras, libertinas, criadoras...

Os versos são barcos, leitos de naus. Me faço mAr...



Se quiser ou gostar, aventure-se!

Minhas águas são claras, vezes límpidas e tão turvas

Hora seja mergulhaDor, exploraDor, descobriDor



Faz-se sal, faz-se Sol, faz-se feixe, faz-se leitor

Um ser-marinho, um ser-tudo e nada

Apenas dissolvido, inteiro...



Mas seja sempre um pirata!





Francinne Amarante

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