terça-feira, 31 de julho de 2007

Me basto

Meus signos me condenam
Meus vícios me absolvem
Meus atos são atômicos
Quem me anistiará?
Se pura ou não...
Absinto. E só!

Francinne Amarante

sexta-feira, 27 de julho de 2007

SIM


me abro
bem aberta
minhas pernas
minhas pétalas
meu orvalho
meus segredos
clitóris noturnos
tão secretos
num só gesto
te entrego
meu encaixe
embriagado
apoiado nesses lábios
tão incertos
tão sutil
tão...
n e m s e i n e m s e i

Francinne Amarante

Nos poemas que escrevo...

Sou explosão em cores
Não tenho formas predefinidas
Não sigo escolas, notas e ‘OKeis’
Pois sou muitas, sou várias e nenhuma
Escrevo por impulso, sou movida a amor e dor
Compulsiva, sigo meus escritos
Mas digo: não faça o que dito!
São só caprichos

Francinne Amarante

sexta-feira, 20 de julho de 2007

"Poeminhas"

Segredos de amor
Não conto
Escrevo e canto


Francinne Amarante

Ah pagarão aéreo


E a dor...

lágrimas secas
congonhas ‘ainda’está seca?
secaram! corações gelados!
levantam vôo sem pena
nem sabem o que são asas de anjos
só as mecânicas e mercenárias
nesse intervalo, a merenda empacotada
é devorada pelo alienado
junto as cenas de impunidade,
sordidez microcefálica
mediocridade medonha
que até atrasa a voz de quem ainda tem

e a dor...

dos que sentem frio,
dos que sentem amor
dos que sentem saudade
e a dor rimou o terror
indenizarão! a firma falou.
mas a incineração...

e a dor de quem ficou...
e a dor...


Francinne Amarante

Feito flores

Entre o velho e o novo

Abraço solto esse presente

Que de tão mágico

Será em mim renovado

Feito flores, me faço semente



Francinne Amarante

terça-feira, 17 de julho de 2007

Poeminha em PB

choque
atrito
faísca

lenha
brasa
fumaça

olho
da menina
do olho meu

e adeusdará
porque é deusquerido
eu, não te dou nada

luto cinza baby
pra não te querer
nem quero mais ver

some desengano!
some não............
soma................


Francinne Amarante

sábado, 14 de julho de 2007

Mala!



Mudo boca a fora

Tagarela cotovelo a dentro

Alheio, nunca!

Fingido silêncio.


Francinne Amarante

segunda-feira, 9 de julho de 2007

Salve a Mulatada Brasileira!

Música: Salve a Mulatada Brasileira
Artista: Zeca Baleiro

clique para ouvir: http://app.uol.com.br/radiouol/index.php?param1=mail&codmusica=009741-0_06

beijos brasileiros e mulatos.
Eu

quinta-feira, 5 de julho de 2007

Gosto da solidão

gosto da solidão, um tipo apenas
aquele que silencia e traz a paz que alimenta
ficar só consigo e escutar a chuva é bom
sentir o sol manso dourar tudo
cultivar, ver crescer minhas flores
esse estar só, transforma
embeleza a alma, os sonhos, a realidade
mas há em mim outro tipo de solidão
aquela silenciosa
onde choramos a falta
alguém que demora
a lágrima desse choro
inunda a eternidade de vermelho incolor
dessa solidão não gosto... porque é dor

FA

Exposição - 21 anos de Bric-a-Brac

A Bric-a-Brac nasceu em 1986, na Livraria Presença do Conic, editada pelos jornalistas João Borges, Luis Turiba, Lúcia Leão, Regina Bittencourt e pelo designer Luis Eduardo Resende, com total apoio do livreiro Ivan Silva.

A exposição justamente homenageia os 21 anos da revista experimental, com releituras gráficas dos principais trabalhos que reuniu durante seis anos seguidos poetas, escritores, jornalistas e fotógrafos de todo o País.

Será lançado também um clip-documentário produzido pelo poeta Luis Turiba com o cineasta André Luiz Oliveira. No vídeo o cantor Zeca Baleiro fala sobre a influência da revista em seu trabalho.

O público poderá conferir também o catálogo-revista com 110 páginas, com textos de poetas como Arnaldo Antunes, Chico César, Francisco Alvim, Augusto de Campos, e Manoel de Barros, além de poetas de Brasília como Nicolas Behr, Ameneres, José Edson, Menezes y Morais, Francinne Amarante e Cristiane Sobral.
A mostra fica aberta ao público de 15 de junho a 15 de julho, de terça a domingo, das 9h às 21h, na Galeria Principal da Caixa Cultural (SBS, quadra 4).

Bric-a-Brac
Abertura: 14/06
Visitação: 15/06 a 15/07
Horário: de terça-feira a domingo, das 09h às 21h
Local: Caixa Cultural(SBS - Quadra 04 - Lote 3/4,anexo do edifício Matriz)
Entrada franca
Idade: livre

terça-feira, 3 de julho de 2007


Jenner Augusto

(poesia/impressão, ao ler poesia de Francine Amarantte)

Linda a retina impregnada de sonhos
do que será (ou não) de sua poesia.
Faz lembrar de um dia em que o sonho ainda acontecia
e o acordar ainda eram sonhos.

Hoje acordo, e ainda sonho,
sem ter aquele medo
- muitas vezes medonho -
de a vida ser segredo,

ou peça pregada pelo Destino
crucificando, vivos, in via crucis,
o Sonho néscio de si mesmo:

fazendo de cada passo uma cruz;
de cada laço, uma luz;
e do abraço outra cruz.

André Teixeira (Aracaju, SE)

Quimeraessa



Que mero encanto fosse
Com’padre João e Maria
Casório do cerrado na caatinga
Se esse errado fosse certo, até daria
O padrinho atento contava os minutos
Não fosse o desengano de acabar a pilha
Talvez casamento houvesse tido
Com amor, calma, paixão e fogo no refrão
Cansados de encontros marcados, armadilha
Para a alegria de muitos, alforria!
Tristeza de João e pesadelo de Maria

Francinne Amarante

domingo, 1 de julho de 2007

Com Alma

E conte
O conto
E cante

E escute
O eco
O encanto

E dance
O som
E escreve

Francinne Amarante